segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Os gatos e as vertigens

"Apesar dos seus 18 anos, Jó (João Jesus) é já um rapaz desencantado com a vida. Proveniente de uma família disfuncional, criado com pouco afecto e compreensão, acabou por se deixar influenciar pelas piores companhias do bairro. Rosa (Maria do Céu Guerra), com 73 anos, é uma mulher frágil e bondosa que se debate com a incapacidade de lidar com o recente falecimento de Joaquim (Nicolau Breyner), com quem partilhou quase toda a existência. Quando, depois de uma discussão particularmente violenta, Jó é expulso de casa pelo pai, refugia-se no terraço de Rosa, onde decide passar a noite. Na manhã seguinte, a velha senhora descobre o rapaz e decide acolhê-lo em sua casa. Entre os dois nasce uma enorme cumplicidade que, apesar de incompreendida por todos, se torna a cada dia mais forte e verdadeira… Com realização de António-Pedro Vasconcelos ("Jaime"), uma história incomum sobre o amor e a amizade entre dois seres que, contra todas as probabilidades, se completam nas suas diferenças." (aqui)

Ainda não vi o filme, mas parece ter todos os ingredientes para me conquistar: duas pessoas sozinhas e incompreendidas que se encontram, e se completam e compreendem apesar das suas idades, origens e histórias de vida completamente diferentes. Além do mais, o próprio nome ("Os gatos não têm vertigens") é tão sugestivo... Parece levar-nos de imediato para o universo do Murakami, onde o fantástico e o real se misturam sempre de forma deliciosa. Depois confirmo se o filme é tão bom como fazia crer.

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