sexta-feira, 30 de maio de 2014

E foram dias e dias...

(Caros leitores sádicos amantes de drama e sangue, os relatos do dia D retomarão dentro de momentos. Este post é apenas uma pausa, porque a autora do blog hoje quis desabafar sobre a licença de maternidade. Ok? Pode ser? Obrigada. O drama e o sangue regressarão rapidamente, para vosso gáudio.)

Nos últimos meses trabalhei o mais que pude sempre a pensar que no fim seria recompensada com dias, e dias, e dias em casa a descansar com a minha filha nos braços. Nas imagens que o meu cérebro me ia passando em modo repeat via-me sorridente e impecavelmente vestida, no sofá, com a minha filha nos braços, um piano como música de fundo, um batido verde já meio bebido na minha mão direita, um livro aberto ao meu lado, a Malti aos meus pés... Essas imagens passaram tantas vezes, qual vídeo motivacional, que acabei por me convencer que a licença de maternidade seria realmente assim. Acreditei que estaria quatro meses em casa com todo o tempo do mundo para fazer o que quisesse, para atualizar o blog dez vezes ao dia, para voltar a comentar os meus blogs preferidos, para por as leituras em dia, as notícias, os filmes, as séries... Acreditei que teria uma espécie de férias zen com o bónus de ter a minha bebé para abraçar e encher de beijos.

Ora, de facto estou realmente a ser compensada e sinto-me de férias, sim. Só que as semelhanças com a imagem que descrevi terminam aqui. Nem para dormir arranjo tempo. Entre dar de mamar, por a arrotar, dar de mamar outra vez porque já-está-com-ar-ávido-agarrada-aos-dedos-e-a-tentar-come-los-como-se-fosse-um-urso-saído-da-hibernação, por a dormir, pegar outra vez porque "bolçou", limpar a roupa, mudar a fralda, mudar o muda-fraldas todo porque fez xixi e molhou tudo, mudar a roupa, deita-la, dormir 2 horas, pegar outra vez, dar de mamar, e assim sucessivamente...  parece que os dias duram 5 minutos... Ainda nem o IRS entreguei (vamos ver se é hoje que o fazemos), não consegui passar as mais de 600 fotografias que tirei com a máquina para o computador, e também nada de leituras, notícias, filmes ou séries.

No meio disto tudo, a parte boa é que já tenho praticamente o mesmo peso que tinha antes de engravidar. Posso estar mais molezinha que nunca (que belo eufemismo para "flácida", hã?), com barriga de 3 meses (também nunca usei cinta), mas pelo andar da carruagem acredito com todas as minhas forças que no próximo dia 6 conseguirei caber num dos meus vestidos pré-gravidez para ir ao casamento que temos. Nem que tenha que me enfaixar em cintas e ficar sem respirar um dia inteiro.

6 comentários:

  1. Calma... Isso dura só 4 meses. Depois, é tudo uma alegria!

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  2. Anónimo21:43

    No super-mercado há uns resguardos que eu coloco em cima do muda-fraldas e quando há muito xixi ou cocó basta deitar o resguardo fora! muito mais fácil.
    Estão na parte das fraldas ou da incontinência!

    Eu fui mãe à 5 semanas, também já recuperei o peso mas a minha barriga esta uma lastima! Nunca pensei... flácida e grande!
    Hoje resolvi deixar os biberões e fraldas e fui dar uma voltinha nas lojas! Bolas a barriga ainda me pareceu maior! Fiquei mesmo triste :(


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    1. A barriga vai ao sítio! O meu prof de ginástica pos parto ralhava connosco dizendo : 9 meses de barriga a crescer e depois querem 9 horas para a barriga ficar pequena.

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    2. Anónimo12:24

      obrigada!!! sinto-me um pouco melhor!

      Esta semana vou experimentar a aula de pós parto!
      É bom para recuperar (espero eu) um pouco a forma e também para sair de casa e conversar com outras pessoas!

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  3. São as chamadas maravilhas da maternidade... as primeiras semanas são assim, mas depois o panorama melhora! Melhores resguardos: de incontinência 60*90 do Continente.

    (PS: lembro-me de o meu marido me trazer torrada e leite à cama qd regressou ao trabalho depois da licença dele, teria a bebé uns 15 dias, e eu simplesmente dei a primeiratrinca e aadormeci com a torrada na mão e a caneca na almofada dele...aahhh glamour!!!)

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  4. Lindos e prácticos resguardos, sim.
    P.S - Essa fase horrenda de trabalho intenso e zero descanso não dura sempre. Só os próximos 15 anos ;)

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