domingo, 17 de fevereiro de 2013

A arte de não falar, falando

A minha mãe é tão engraçada que, às vezes, quando lhe ligo, estou mais tempo a ouvir porque é que demorou a atender do que a conversar efectivamente.
- Trriiim! trrrrim! Estou?
- Mamã, oláaa!
- Olá. Já estavas a ligar há muito tempo? Chamou muito?
- Um bocado...
- Este telefone... Não percebo. Tanto toca, como não toca. Só atendi, porque vi uma luz. Às vezes não tem som. Não sei o que acontece.
- Não tem mal.
- Já ontem, disseste que ligaste muitas vezes e nunca ouvi. Se não fosse o teu pai reparar na luz, eu não sabia que estava a tocar. Não sei o que se passa. Com o iphone entendo-me, mas com este telefone não... E o teu pai também não. Não percebo nada.
- Ok.
- É que é mesmo chato. Depois queixas-te que ligas e nunca atendo. Já ontem a X disse o mesmo e não ouvi, nem ficou registado. E contigo também não. Fui ver o telefone e não tinha nenhum registo.
- Ok, pronto. Está tudo bem?
- Estamos a almoçar. Falamos logo, sim? Dá mais jeito. beijinho
- Hmmm... beijinho
E é isto.

3 comentários:

  1. Ahahah, com a minha mãe passa-se o mesmo :)
    Adoro o teu blog. Descontrai-me imenso ler os teus posts.

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  2. Depois disto, neste dia, tive outro telefonema quase igual. Mas vai matar-me se ler isto. Aiii. :p

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