terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cloud Atlas

Tinha lido grandes elogios pela blogosfera e verificado que a pontuação no site do IMDB era de 8,2 (óptima!). Portanto, lá fui eu, obrigando-o a vir comigo. "Vais gostar, toda a gente diz que é bom!".

Ora pois muito bem... Como é que posso explicar a experiência que tive? O filme começou logo rápido demais. Muita informação, muita história em simultâneo, muitas personagens-em-que-afinal-era-sempre-o-mesmo-actor-mas-caracterizado-de-outro. Fiquei logo com calor. E eu sou uma pessoa tão friorenta que raramente sinto calor, adianto já. Se não entrassem o Tom Hanks, a Halle Berry, o Jim Sturgess e a Susan Sarandon, por exemplo, começava logo a torcer o nariz. Assim, só pensei, de mim para mim
"o problema é teu, não estás a acompanhar a profundidade da história, concentra-te."

O problema é que realmente nunca cheguei a acompanhar nada. Nem profundidade, nem história, nem nada. Passou-me tudo ao lado, e não consegui sentir qualquer sentimento que não confusão ou tédio durante as quase três horas que o filme dura.


Tinha-me sido garantido
"an exploration of how the actions of individual lives impact one another in the past, present and future, as one soul is shaped from a killer into a hero, and an act of kindness ripples across centuries to inspire a revolution".

No entanto, ou me retiraram silenciosamente a massa encefálica minutos antes do filme, impedindo-me de acompanhar toda a sabedoria que as mil histórias transmitem, ou o filme apenas fala sobre reencarnações e o facto de todas as nossas vidas passadas e futuras terem características de personalidade semelhantes. É impressão minha ou é uma lição do mais enfadonho que há, objectivamente falando? A única semelhança que encontrei nas 6 histórias apresentadas foi que, em todas elas, há alguém oprimido e que, em todas elas, alguém se apaixona. De resto, não há qualquer ligação entre das histórias, nem actos que influenciem o futuro.

O filme tenta trazer um carácter místico a algumas personalidades, mas não é por falarmos de forma pausada e com a voz mais grave que ficamos mais sábios, certo? Por isso, Somni.... cala-te, por favor! A história dum robot que fica sábio e cujas previsões são utilizadas no futuro por uma tribo que vê espíritos não tem ponta por onde se pegue...


Enfim... acho que era mais feliz (e ainda mais rica 10euros e mais magra 1000calorias das pipocas) se não tivesse ido ver. E desculpem, irmãos/irmãs Wachowskimas é a única coisa que consigo dizer sobre o filme.

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